Processo de Desenvolvimento da Obra (16-30) Como seus primeiros parágrafos te guiam para o resto da história? (Autor) Algo precisava ser explicado naquela cena de horror que veio na minha mente. Tudo que veio antes e tudo que veio depois dessa cena tem o objetivo, então, de justificá-la e tornar sua existência possível. Em que momento da escrita você percebeu exatamente o que sua obra estava se tornando? (Autor) Percebi que seria necessário dividir em duas composições familiares. Em seguida, percebi que precisaria contextualizar meus leitores com cenas intercaladas de membros do governo, cenas de toda a conspiração. Você já começou a escrever um livro achando que seria algo e depois ele tomou um rumo completamente diferente? (Autor) Isso nunca me ocorreu. Você costuma planejar a história inteira antes de escrever ou descobre partes dela ao longo do processo? (Autor) Um pouco das duas coisas. Eu sempre sei o tom que quero passar. O trabalho que tenho é desenvolver uma narrativa que permita alcançar aquela nota. Quais elementos de ficção científica são indispensáveis para você ao estruturar uma narrativa? (Autor) Preciso justificar e embasar cientificamente as tecnologias que estou usando, mesmo as que envolvem teleporte e telepatia. Como você trabalha os diálogos para torná-los naturais? (Autor) Leio e releio. Gosto de escutar e imaginar as vozes de cada um. Você já reescreveu uma cena completamente por achar que não transmitia o impacto necessário? (Autor) Não, provavelmente essa é uma das cenas que foi cortada. Quanto tempo em média leva para escrever um livro do primeiro rascunho até a versão final? (Autor) Uma vez que se consiga fazer o primeiro rascunho, você dirá quanto tempo quer permanecer na vida daqueles personagens. Quando enjoo, mato todos eles. 🙂 Você segue uma estrutura clássica de narrativa ou gosta de experimentar formatos diferentes? (Autor) A jornada do herói. É um clássico. Não tem por que mudar. Como o conceito de worldbuilding influencia suas histórias? (Autor) Me baseio no universo em que vivemos. Muitas vezes isso volta para mim como um problema. Não sou um grande fã de imaginar outros mundos. Temos nosso planeta com toda sua beleza para ser explorado. Você já teve alguma ideia para um livro que ficou na sua mente por anos antes de começar a escrevê-lo? (Autor) Sim. O extermínio desgeneralizado era a ideia. Este ato era meu destino desde o início. Já aconteceu de um personagem secundário crescer tanto na trama que se tornou mais importante do que o planejado? (Autor) Sim, Bernardo foi esse cara. Em algum momento da escrita você percebeu que a história era muito maior do que imaginava inicialmente? (Autor) Quando acabei de escrever os últimos capítulos do que viria a ser lançado como o piloto inicial. Percebi que aquela trama era algo que ocorria num ritmo justo. Tudo seguiu como era para ser. Aqueles capítulos eram o tom necessário para sustentar o que viria nos próximos livros. Você já sabia desde o início sobre o que queria escrever, ou foi descobrindo isso conforme avançava? (Autor) Surgiu como uma necessidade pessoal. Aquela cena do nascimento veio concretizando e colapsando como o monte que eu precisaria escalar. Você sente que cada novo livro seu nasce de uma forma diferente ou o processo tem um padrão? (Autor) Tem um padrão. Principalmente agora no quinto volume. Quero desenvolver descobrir quem andará ao lado de quem. Passagem Pelos Livros Publicados (31-45) Rio de Janeiro, Fevereiro de 2025 Parte II Parte IV @geannaleaixbitencourt